Acordei com uns medinhos novos. Abri o jornal e li uma postagem do twitter que o Tulio Milman encontrou:
RT @miguelsanchesnt:Toda a literatura é sempre uma língua estrangeira.
Fiquei com medo dessa verdade. Nessa frase do Miguel está a dificuldade ou o facínio do desconhecido e da conquista? Está a distância entre o escritor e o seu leitor que nem considera a literatura como língua mãe ou a busca do novo para enriquecer o antigo?
Que medo eu senti.
Medo de sair pela rua e notar que só sobrou a informação. Não existe mais subjetividades, expressões, metáforas, duplo sentidos, ambiguidades, individualidades, interpretações.
Fiquei com medo de sair e perceber que o Manoel de Barros apagou todos os seus versos, que o João Cabral nunca existiu, que a Cíntia Moschovich nunca escreveu.
Sem isso onde estaria o nosso recheio, que no final das contas comporta a nossa humanidade?
Vou sair devagarinho e levar alguns poemas copiados a mão para qualquer emergência. Acho até que vou ocupar a tarde tatuando um verso na pele para nunca esquecer.
RT @miguelsanchesnt:Toda a literatura é sempre uma língua estrangeira.
Fiquei com medo dessa verdade. Nessa frase do Miguel está a dificuldade ou o facínio do desconhecido e da conquista? Está a distância entre o escritor e o seu leitor que nem considera a literatura como língua mãe ou a busca do novo para enriquecer o antigo?
Que medo eu senti.
Medo de sair pela rua e notar que só sobrou a informação. Não existe mais subjetividades, expressões, metáforas, duplo sentidos, ambiguidades, individualidades, interpretações.
Fiquei com medo de sair e perceber que o Manoel de Barros apagou todos os seus versos, que o João Cabral nunca existiu, que a Cíntia Moschovich nunca escreveu.
Sem isso onde estaria o nosso recheio, que no final das contas comporta a nossa humanidade?
Vou sair devagarinho e levar alguns poemas copiados a mão para qualquer emergência. Acho até que vou ocupar a tarde tatuando um verso na pele para nunca esquecer.
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