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Mostrando postagens de maio, 2010

Texto e imagem: a completude do Gênero na Literatura Infantil

Esse foi o título do encontro que realizei esse fim de semana na Livraria Paulinas em Porto Alegre. Primeiro gostaria de parabenizar a iniciativa do grupo. Criar cursos de formação com temas diferenciados é tudo o que se precisa. A Paulinas está fazendo isso e o retorno é incrível: três turmas lotadas de professores e interessados em literatura querendo aprender mais. Adoro oficinar. É uma forma que encontrei de fazer duas coisas que amo: literatura e educação. A oficina agrega essas duas dimensões que tenho, a de professora e a de escritora. Por isso adorei ministrar essas oficinas e conhecer aqueles grupos. Conversamos sobre imagens, construimos histórias visuais e escritas, criamos estratégias para o trabalho em sala de aula. Foram dias importantes para mim e, tomara, para os grupos também. Até o ano que vem.

Política Pública de qualidade

Foi maravilho entrar no Ginásio de Esportes da Cidade de Lindolfo Collor na última quinta-feira. Ele estava todo enfeitado com os trabalhos que as crianças fizeram com os livros que escrevi. Um muro enorme e supenso mostrava que o Libório tem jeito de se libertar. Um galinheiro coloridíssimo mostrou que o pessoal aprendeu com o Bartolomeu a pintar tudo o que existe. Um rebanho repleto de Albertina. Cada uma com o seu jeitinho. Até as mães e os pais mostraram como acham que a Albertina é. E os passarinhos voando, esses da foto, foi bonito de ver. Depois de construir a casa, o João-de-barro foi passear por aí. Depois de cada encontro com as turmas, a conversa rolou solta no cantinho do escritor que a organização do evento preparou. A criançada pode se aproximar e perguntar tudo o que queriam. Gostei de ver o envolvimento das turmas, das profes e dos livreiros. Além disso, esse município conta com um projeto especial: cada criança recebeu um bônus com determinado valor para escolher o l

Poema de Greyce Avila

Conheci a Greyce no sábado e ela me confiou esse poema para publicar aqui. Olhem a delicadeza e a dica que ela sugere. Acho que vou fazer o mesmo. Mutante Sempre corri atrás da felicidade, faltava fôlego para alcançá-la. Hoje, nós duas fizemos um trato: Invertemos a situação. Saio na frente, ela corre atrás de mim. Nos encontramos num olhar, num sorriso, num aperto de mão, em palavras, num abraço, no momento preciso. Alcançando um abrigo, um pedaço de pão. E vejo que nunca esteve distante, ao contrário, mora aqui bem pertinho, num cantinho mutante do meu coração. Obrigada Greyce.

Colégio Cristo Redentor-Ulbra

Conversar sobre Alice é sempre um grande prazer. Conversar com leitores interessados que tiveram versões originais nas mãos é um sonho. No colégio Cristo Redentor, em Canoas, pude ver isso. Na companhia de Ângela Rolla, pude discutir questões que me inquietam sobre o texto e sobre a versão cinematográfica que está na moda. A gurizada está entendendo que leitura é uma coisa e cinema é outra. E isso me deixou muito a vontade para falar em versões, leituras e diferentes imagens que ilustraram essa pesonagem ao longo desses séculos que Alice já venceu. Para conversar com o grupo tive a oportunidade de reler os textos e me descobri que a surpresa não tem fim. cada leitura é uma nova aventura. E assim foi. Cada palavra, cada detalhe lemos de forma diferente dependendo da nossa idade. Essa minha meia idade se parece com a adolescência. Também mudo de tamanho com frequência e não reconheço meu corpo. Também percorro túneis estranhos sem saber como vão terminar. Também participo de festas que

ao pé do ouvido

Foi muito bom falar sobre literatura e mediação de leitura com estudantes do curso de letras. A formação continuada de professores é a chave para a construção de educadores mais envolvidos e, quando se trata de literatura, penso sempre que estamos trabalhando também para a construção de um mundo melhor, mais criativo, amável e humano. Durante o tempo que estivemos juntos observei a participação ativa do grupo e a vontade de cada um em pensar sobre as propostas e relacionar com a sua prática. Foi uma tarde mágica, divertiva e muito produtiva. Valeu! Só para ninguém esquecer: "o contador de história será o ponto de ligação entre os tempos do papel para o bite, assim como foi importante na transição da oralidade para o papel."

Mediadores de leitura

Na próxima sexta-feira estarei conversando com mediadores de leituras num seminário maravilhoso que acontece em Cachoeirinha. Adoro iniciativas como essa, independentes, gragárias, criativas. O mediador é quem ilumina e dá vida ao texto, além de ser o elo(muitas vezes o único) do aluno- ouvinte com o texto literário. O mediador é quem dá movimento ao texto, deixa que ele voe e encontre seu interlocutor. O mediador é como a tia Libória da Sylvia Orthof, onde quer que olhe, encontra história. Vida longa ao seminário. Vida longa aos contadores de história. Vida longa às histórias.

Poesia em Veranópolis

Essa semana uma onda de poesia se espalhou pela cidade de Veranópolis. Aí está uma amostrinha do que aconteceu lá. Luz no poste ilumina a rua na noite sem lua. Odete, Angela, Elisabete-Escola Aimé Ramalhete de flores roubadas na madrugada para a pessoa amada. Fernanda, Kelen Foragato, Nadia Baratieri, Vera Sartori Menina na janela olhos arregalados em dia de festa Nadia Fogale, Isabel Carbonera, Ilvone Arcari, Maria Lourdes Marin Frio do inverno fogo ardendo neve caindo Maria do Rosário Puolli, Clarinda Vincenji, Claudia Fracasso, Sônia Guarda Rosas desabrochando perfume no ar colorido que enche o olhar Leo e Saio Entre livros e novas ideias os versos nasceram e aí estão. Até a Feira, gurias e guris.

Picada Café

"Trabalho, cortesia, nobreza de ideais, decência, disciplina, fé, ternura. Atávica alegria dos nossos acentrais são traços que compõe nossa cultura." Com esses versos, Marco Aurélio Vasconcelos encerra o Hino que compôs para o município de Picada Café. Não sei se ele tinha consciência ali, em 1994, dois anos depois da emancipação, o quão verdadeiras e próximas da realidade eram as suas palavras. Que população sensacional e boa de conviver. Nesse dia em que passei por lá e conheci crianças, adolescentes e adultos, vi o quanto a cultura passada faz parte do cotidiano e gente que guarda as lembranças como um tesouro é sempre gente que merece o respeito de todos. Além disso, gente que preserva o patrimônio e exalta a produção cultural, forma leitores, forma platéia e investe em pessoas que gostam do que é construtivo e belo, é digna de aplauso. Essa gente que conheci naquele dia é assim: sem alarde ou exibicionismo, vão construindo um mundo diferente onde cada um tem um papel esp