Chris Dias- Projeto Kombina

Assistindo à copa do mundo pela televisão tive que observar a presença de alguns personagens que os países utilizam para se identificar. Só na minha cidade vi passar pelas ruas um canguru da Austrália, uma Mafalda da Argentina e um Obelix da França. Não posso deixar de pensar como é bacana isso. Ver as pessoas nas ruas lembrando dessas histórias que animam a cabeça de tanta gente. Como a fantasia acompanha as pessoas mesmo em momentos nada imaginários como é o futebol.  Em campo não interessa quem jogou melhor, interessa quem fez o gol. Não interessa se alguém está triste ou feliz, interessa que a bola entrou na rede. Não interessa o que pensam as pessoas que estão ali, passando calor, frio, cansaço. Interessa se o goleiro pulou para o lugar certo.É realidade e pronto, sem camadas de interpretação. Por isso gostei de ver os jogadores chorando e até o uruguaio que não conseguiu controlar seus impulsos me parece possível. Embora ainda acredite que conversar seja o melhor cam

Tenho recebido muitos relatos de leitores que estão encontrando na leitura uma vontadezinha de escrever. Me contam que a cada livro uma nova história surge nas suas cabeças. Então me lembrei de uma conversa que tive com uma turma, há muito tempo, sobre hai-kais, que são uns poemas curtinhos, de origem japonesa, mas muito difundidos por aqui. Li poemas para essa turma, eles dramatizaram, cantaram, inventaram depois de conhecer os poemas. No final, um dos meninos me disse: -Fiz um hai-kai, olha só: eu moro na minha mãe Eu fiquei parada diante daquilo. Adorei o poema e olhei para os olhinhos daquela criança e pensei que escrever e ler é quase a mesma coisa e gostar de texto e só uma questão de oportunidade. Aquele menino tinha três anos naquele dia. Hoje deve ser adulto e tomara que ainda escreva e goste de histórias.

Tive a honra de conhecer um pessoal pra lá de interessado em leitura e descobertas que o livro traz. Foi na cidade de Canoas que conheci os alunos do Colégio Auxiliadora. Eles pesquisaram minha obra e tiveram uma ideia muito criativa. Conheceram um texto meu que nunca tinha sido ilustrado. Depois de ler tiveram a incrível ideia de ilustrá-lo. O resultado está no site, no link PROSA. Cada imagem linda e todas muito adequadas com o texto. Isso é sinal que esse pessoal está entendendo o que é um ilustrador e qual o papel da imagem na composição de uma obra. O texto tem o título O PONTO QUE QUERIA SER RETA. Vale a pena conferir!

Na Colégio ACM tive o prazer de conhecer leitores muito atentos e cheio de ideias. Eles leram O GALINHEIRO DO BARTOLOMEU, O MONSTRO DO GUAÍBA, ALBERTINA, A VACA ESTARDEIRA, NINGUÉM APRENDE SAMBA NO COLÉGIO e O QUADRO DA ANDREA. A discussão foi incrível. cada vez que converso com leitores gosto de saber como pensam e como recebem os textos que escrevo. Essa conversar me fazer conhecer melhor meus próprios livros e reforça a ideia de que o escritor tem acesso a apenas uma parte do seu trabalho. Depois é o leitor que busca e se aventura na construção de um novo texto e um novo momento dentro da história. Foram dois dias intensos, cheio de alegrias e descobertas. Além disso foram dias onde pude rever amigos e companheiras desse belíssimo ofício que é ajudar alunos a aprender. Olhe eu aí me exibindo com a Albertina!!!

Dias de festa e alegria com leitores atentos e descobertas novas. Foi isso e muito mais o encontro com alunos e professores em Montevideo. Compartilhamos desejos, problemas e principalmente, leituras. Conheci pessoas interessadas em promover a leitura em seu país e  por todo o lado. Conheci leitores interessados em descobrir como vivemos aqui e quais os temas que desejamos trabalhar. Gostei de cada momento. Abaixo estão as fotos que a professora Jimena, do Liceu 5 preparou carinhosamente para compartilhar. Acesse o link. https://drive.google.com/folderview?id=0B6pTZZwu1X47Y0xFRnFwTnBneGc&usp=sharing Também gostaria de dizer que viajar com a Marô e conhecer o Ignacio Martinez foram duas maravilhas nesse dias. Abaixo está o registro de um momento muito especial entre escritores de muitos cantos da América Latina: Foto de Natalia Hernadez

Essa semana estive no Salão do Livro no Rio de Janeiro conversando com pessoas maravilhosas que conheceram o livro Ninguém Aprende samba no Colégio que acaba de sair pela Globo Livros. Foi uma delícia de dia onde pude conferir o que a galera está achando do livro e deste nosso Brasil cheio de mistérios e segredinhos maravilhosos. Valei cada minuto e cada pergunta. Paródias, teatros, conversar. Um luxo de dia e de encontro. Não me canso de agradecer a profe Antonella. Agora chegou a vez de chegar perto dos vizinhos do outro lado. Dia 06 de junho estarei conversando sobre literatura brasileira na Feira do Livro de Montevideo. Depois conto tudinho por aqui.