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Mostrando postagens de agosto, 2009

História que dá em quadro

Olha aí pessoal, as histórias ficaram lindas. Adorei nosso encontro, adorei as coisas que vocês falaram sobre o livro O Quadro da Andréa e adorei vocês. Só não consegui postar as lindas fotos.Vou pedir ajuda. Até amanhã todas estarão aqui. Por enquanto se divirtam com as histórias. Turma 131-Prof. Renata Beguet No início o quadro da turma era igualzinho ao do livro. Com árvore, casa, meninas e detalhes. Até que começou a chover tubarão e aranha. Um leão apareceu e sentou no telhado da casa. No meio daquela confusão de dar medo, passou um trem, no início era só o seu barulho, mas quando foi se aproximando todos viram que estava na direção da casa. E foi isso que aconteceu. Ele derrubou a casa inteirinha e arrastou o leão. A natureza apavorada resolveu mandar uma ventania que levou tudo pelos ares. Só ficou o sol, a nuvem e a grama. Uma mágica do céu trouxe de volta a casa, o leão, a aranha, os detalhes, as meninas ,o tubarão, o menino leitor e a árvore. Só que essa, agora, era voadora.

Picada Café

Picada Café é um município lindo, com pessoas encantadoras e uma preocupação incrível com o futuro. Somente a primeira dessas características é possível ver de fora.Para entender as outras é preciso demorar o olhar, o coração e o pensamento um pouquinho. Ontem tive a oportunidade de fazer isso. Junto com Luis Paulo Faccioli , Lu Thomé e Airton Ortiz ,três amigos escritores, tive a chance de subir a serra(a mais linda estrada do Estado) e entrar na cidade. A recepção foi incrível. Sorrisos, abraços, agradinhos . Isso sem falar no café de bule, no fogão a lenha, na cuca de frutas, no chimarrão . Delicadezas por vezes esquecidas pelo cotidiano . Segunda característica apresentada. O convite da Nóia incluía três momentos: encontro com leitores que escolheram a biblioteca para passar o dia, encontro com alunos nas suas escolas e encontro com a comunidade para conversar sobre letras de músicas e homenagear o Sérgio Napp . Eis que aí a terceira característica se mostrou. Picada caf

Rua Mufetar

Gosto da fantasia que encontro nos contos de Pierre Gripari. As invenções no percorrer de uma rua. Bruxas, gigantes,bonecas mágicas. O incrível é que todos esses seres vivem na rua Mufetar, no coração de Paris. Só quando caminhamos conseguimos encontrar. É preciso acender os sentidos. Por isso, todo o dia, muitas pessoas circulam por ali sem ver nada. Esses seres, no entanto, assombram as crianças que vão para escola, velhinhas que ficam nas janelas, gatos que andam nos telhados. Dizem por aí que Pierre era um desses que olhava pela janela e escreveu o livro Contos da Rua Brocá para que ninguém esqueça que a realidade é repleta de fantasia. No prefácio ele explica como se faz para chegar nesse ponto da rua. Estou de acordo e cheia de vontade de contar alguns mistérios que andei descobrindo na minha casa. Nem precisei sair. São coisas incríveis que estão me tirando o sono. Aos poucos vão saíndo das portas, janelas e buraquinhos da minha casa. Até os seres imaginários já estão de mudança

Uma palavra

Fui escolher um pedacinho dessa de música para colocar no layout e não consegui. Aí vai ela inteirinha. palavra prima uma palavra só, a crua palavra que quer dizer tudo anterior ao entendimento , palavra palavra viva palavra com temperatura, palavra que se produz muda feita de luz mais que de vento, palavra palavra dócil palavra d'água pra qualquer moldura que se acomoda em balde , em verso, em mágoa qualquer feição de se manter palavra palavra minha matéria, minha criatura, palavra que me conduz mudo e que se escreve desatento, palavra talvez, à noite quase-palavra que um de nós murmura que ela mistura letras, que eu invento outras pronúncias do prazer , palavra palavra boa não de fazer literatura , palavra mas de habitar fundo o coração do pensamento, palavra Chico Buarque (ele sabe tudo e diz aos pouquinhos pra gente não se assustar) Então a velha pergunta volta. O que veio antes? o ovo ou a galinha a letra ou a música o pensamento ou a palavra a imagem ou o texto?

Picada Café

Essa semana vou para Picada Café participar do encontro Conversas na Mesa . É uma delícia de cidade e uma beleza de atividade, que recebeu o nome do Urbim. Além de conversar com o pessoal da escola vou ter a opotunidade de saber o que a comunidade pensa. O tema do encontro, além de literatura, será a letra da música. E parece até que a gente vai cantar. Vou subir a serra junto com a Lu Thome, Luis Paulo Faccioli, Aiton Ortiz e com a Nóia Kern, querida criadora e entusiasta do evento. A pena da vez é a ausência do homenagenado Sérgio Napp, mas canteremos ele e por ele. Até.

Patrona de Arroio dos Ratos, que delícia!!!

Lugarzinho bom de estar é entre amigos. E foi isso que aconteceu na última sexta-feira. Fui convidada para ser a patrona da Feira do Livro de Arroio dos Ratos durante um café da tarde especial. Como se já não bastasse a companhia delicadíssima do Gilmar, secretário da cidade, do Juliano, meu distribuidor competentíssimo e do André, meu amigo querido, veio o convite que muito me emocionou. Que alegria e que responsabilidade. Uma cidade que já tem uma tradição em formar leitores e proporcionar momentos incríveis com professores e alunos. Fiquei muito feliz e me senti acolhida. Acho que a patrona é como uma madrinha. Assim estou me sentindo: parte de um projeto, de um sonho. Compartilho a foto acima para mostrar o meu sorriso de felicidade ao receber o presente que Eroni fez com carinho. Sou grata por tudo. Grande abraço.

Poesia, sim!!!!!

Acho que o quintal onde a gente brincou é maior que a cidade. A gente descobre isso depois de grande. A gente descobre que o tamanho das coisas há que ser medido pela intimidade que temos com as coisas. Há de ser como acontece com o amor. Assim, as pedrinhas do nosso quintal são sempre maiores do que as outras pedras do mundo. Justo pelo sentido da intimidade. Esse é o Manoel de Barros e mostra que os poetas sabem tudo, sempre. Que bom que a vida tem dessas coisas: poesia e intimidade. De que mais precisamos em tempos de afastamentos virais? A foto é pra lembrar que no MARGS tem poesia rara pendurada nas paredes.

Histórias de outros tempos

Gosto do passado, não aquele que congela o tempo e não deixa ninguém olhar pra frente. Gosto do passado que é tesouro lembrar. Tenho essa vontade como pessoa e como escritora. Buscar histórias que o tempo está cobrindo de pó. Quando encontro uma, pego suavemente nos braços e levo pra casa. Então, como uma arqueóloga, pego a escovinha de revelar passado e tirar beleza de dentro dos escombros. O passado volta como novo. Toda a história passada merece um banhinho de agora. É isso que procuro fazer. Quando olhei essa casa aí da foto umas perguntas caíram minha cabeça. Perguntinhas comuns: quem construiu, porquê, para quem? Enquanto não pousam as respostas fico admirando as imagens. Quem sabe uma história novinha de passado não aparece numa janelinha daquelas... O entardecer é só pra lembrar que a terra é um bom planeta para se passar a vida.