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Mostrando postagens de abril, 2011

Lobo em família

Não é que eu more na floresta, mas tenho a sorte de cruzar com muitos animais que parecem ter saído dos contos de fada. Agora mesmo tive a chance de passar por uma raposa real e maravilhosa. Ela me olhou profundamente. Sabia que não era perigosa a minha presença. Eu parei o carro para acompanhar seus movimentos. Ficamos por um tempinho assim, encantadas e seguras. Saí dali agradecendo a oportunidade de viver nesse planeta. Agora comecei a torcida para encontrar o lobo. Algum deles.

Hai-kais para matar a curiosidade

Foi animado e produtivo o encontro hoje na Paulinas. Pena que não conseguimos treminar o programa. Em breve aprontaremos mais uma por lá. Só Pra matar a curiosidade aí vão alguns hai-kais: a noite sorri Lua crescente Nos olhos do guri Primavera Até a cadeira Olha pela janela Alice Ruiz Primavera não nos deixe Pássaros choram Lágrimas não olho do peixe Bashô O ladrão da montanha Gentilmente ilumina O ladrão de flores Issa Ninguém dá bola Mas as formigas Adoram coca-cola Ricardo Silvestrin

Reflexões sobre literatura

Preparando a Oficina que darei amanhã na Paulinas achei essas duas frases. Uma amplia a outra. Uma explica a outra. O que temos a fazer é deixar essa interação o mais literária possível, mas isso já é outra frase. “Estamos assistindo o surgimento de uma nova concepção sobre o objeto livro, dotando-o de nova materialidade e uma outra representação da relação autor-leitor, marcada pela ideia da interatividade.”Maria Cristina Soares de Gouvea “Tenho necessidade de ver as palavras pularem do papel e se mexerem dentro das pessoas.” Regina Machado

Dia cheio, repleto

Começar o dia conversando com escritores, professores e gente preocupada com a formação de leitores e ainda por cima falar um pouquinho sobre o processo criativo do osseis, foi muito bom. Obrigada Saraiva pelo espaço e obrigada pessoal pela paciência. Depois visitar a Paulinas e conhecer as delícias que o André Neves preparou: MUNDO PRA QUE TE QUERO, da Salizete Soares,A PEDRA DO CONHECIMENTO do Sérgio Napp e DISSE ME DISSE do Luciano POntes. Especialíssimos. E quem tiver vontade de falar mais sobre isso tem oficina na Paulinas na sexta e no sábado. Apareçam que vai ser bacana. Informações pelo fone 32210422

Café com livros

Amanhã,27/04, vou estar na Editora Saraiva conversando sobre literatura e livros. O bate-papo vai rolar a partir das 8h30min na sede da Editora, na AJ Renner, 231. Maiores informações pelo fone 96058589.

LOBO BENTO EM AÇÃO

Gosta de seguir carneiros, gosta de assustar crianças, gosta de procurar vovozinhas. Isso ele faz pra que todos saibam.O que ficamos na dúvidas são as coisas que ele faz e ninguém fica sabendo. Essas, sim, interessam a gente. Pois não é que o Lobo um dia foi pego de surpresa fazendo algumas coisinhas estranhas e, como hoje não existem mais segredos e tudo o que se faz vai parar na internet, aí vão as revelações do Lobo Bento. Lista da coisas escondidas do Lobo: *Lobo Bento põe o dedo no nariz e depois esconde a meleca por aí.E, por ter um narigão, imagina o tamanho da meleca. *Solta pum e sempre diz: Quem foi? *Não gosta de tomar banho e mente que já tomou. *Escova seus dentões com muita preguiça. *Odeia dormir sozinho. *E, principalmente, tem um medo enorme do escuro. Por isso gosta da lua cheia que clareia a noite. Por isso está sempre correndo atrás de alguém para ter companhia. Por sem um pouquinho fedorento(sem tomar banho e sem escovar direito os dentes) as pessoas fog

poeminha numa hora dessas

SEM MASTIGAR Era areia de rio. E parada. O vento levava e trazia de volta. Difícil um vento de não voltar. A água passava levando pedaço de planta. Levando areia imóvel. Areia inerte de rio. Rio que, delicadamente, todo o fim de tarde, engolia, sem cerimônia, o sol.

HISTÓRIA DE LOBO

A partir de hoje esse espaço se dedica a noticiar as aventuras de um Lobo . Bento é seu nome. Ele vive por aí, entra e sai das histórias   e também convive entre as pessoas.  O Lobo Bento hoje se prepara para encontrar algum coelhinho desavisado. E existem muitos soltos pela rua num dia feito hoje. Por sorte alguns já encontraram suas próprias proteções. Outros talvez não. Bento saiu de manhã em busca de alimento. Coisa comum na vida de um lobo. Coisa pouco interessante na vida de um coelho, branco e fofinho, que por ali passava, alegremente, carregando uma cestinha cheia de ovos de chocolate. Num dia ensolarado como hoje, quando as sombras saltam pelas ruas, o nosso coelho, branco e fofinho, foi coberto por uma enorme sombra escura e assustadora, enorme de dar muuuuuito medo. O nosso coelho, depois de ver a sombra, continuou saltitando para disfarçar e pensar ao mesmo tempo. Coelhos gostam de pensar enquanto saltam. E teve a grande ideia do dia. Começou a correr para escapar

MEDO!!!!!

Acordei com uns medinhos novos. Abri o jornal e li uma postagem do twitter que o Tulio Milman encontrou: RT @miguelsanchesnt:Toda a literatura é sempre uma língua estrangeira. Fiquei com medo dessa verdade. Nessa frase do Miguel está a dificuldade ou o facínio do desconhecido e da conquista?  Está a distância entre o escritor e o seu leitor que nem considera a literatura como língua mãe ou a busca do novo para enriquecer o antigo?  Que medo eu senti. Medo de sair pela rua e notar que só sobrou a informação. Não existe mais subjetividades, expressões, metáforas, duplo sentidos, ambiguidades, individualidades, interpretações. Fiquei com medo de sair e perceber que o Manoel de Barros apagou todos os seus versos, que o João Cabral nunca existiu, que a Cíntia Moschovich nunca escreveu. Sem isso onde estaria o nosso recheio, que no final das contas comporta a nossa humanidade? Vou sair devagarinho e levar alguns poemas copiados a mão para qualquer emergência. Acho até que vou ocupar

Notícias I - Hino

Adoro os significados, ou melhor, adoro encontrar os motivos das coisas. Lendo o Hino de Picada Café e conhecendo um pouquinho as pessoas que escolheram viver lá, é possível traçar uma rede de significado entre eles. Olha só: Viemos de variados lugares no rumo de uma terra prometida, na busca de trabalho em novos ares com o lema de vencer na nova vida. Depois de enfrentarmos o perigo das ondas, outros mais foram surgindo, nas matas que nos deram para abrigo, nas trilhas que, com fé, fomos abrindo. Cruzando a mata virgem, sofrendo nas jornadas, sentimos disparar os corações. Com as armas dos arados, das pás e das enxadas fizemos florescer as plantações. (Bis) Na paz e com união vieram os povoados, que fazem a geografia atual de núcleos e recantos bem cuidados por gente que trabalha sem igual. Nas curvas e rincões do Rio Cadeia forjamos com amor e muita fé, ao brilho de um sol que incendeia, a linda história de Picada Café. Trabalho, cortesia, nobreza de ideai

Compartilhando boas notícias

Agora é oficial e posso compartilhar minha alegria. Fui convidada para ser Patrona de Picada Café. Estou muito feliz com o luxo desse convite. Cidade leitora, com gente interessante por todos os lados. Se tudo correr bem o Tiltapes chega a tempo para se divertir com a gente. Boas notícias, pelo menos para mim.

Fim de semana e memória

A 116 é uma estrada cheia de contraditórios. Um trânsito intenso e nervoso até um pedaço e uma beleza serena e também intensa em outro. Adoro passar por essa estrada e experimentar essa contradição. Também gosto de subir essa serra para ver ali, despontando, a cidade de Picada Café . Gosto de saber que em algum cantinho da cidade existe uma pessoa que está indo ou já foi até a biblioteca mais charmosa do mundo para escolher um livro e, entre os pensamentos que a leitura provoca, dar uma olhadinha pela janela e respirar agradecido  pela beleza do planeta onde vivemos. Estou tão feliz que nem sei como dizer. Agora dei uma olhadinha pela minha janela e me lembrei das coisas que ligam as pessoas. A gente não toca porquê não dá, mas a gente sente. Não sou uma pessoa de muitos amigos. Mas de grandes. E isso me faz um grande bem . Obrigada Picada Café.

Santa Rosa

Adorei voltar a Santa Rosa e ter a chance de alongar uma conversa. Durante dois dias um grupo de gente bacana se encontrou no prédio do SESC para falar de poesia e ensino. Foram momentos grandiosos e de muitas descobertas. Ler poemas em grupo , experimentar a produção criativa e ainda promover a leitura de prosa e poesia entre os alunos é incrível e promissor. Adoro encontrar gente bacana. Adoro conhecer um pouquinho quem encontro. Oficinar é a síntese de tudo o que eu mais gosto na minha vida profissional : ensino e literatura. Pessoal, obrigada pela oportunidade. Dani, obrigada pelo recado. Já está publicado no site. Se alguém tiver uma foto da paisagem que se vê lá de cima do 4º andar do SESC, por favor, envia pra mim. É imagem de ampliar horizontes.

MOnstros e outras brincadeiras

Tenho pensado muito em monstros. Cada lugar que vou um novo surge nas histórias que conto. Mas um deles nasceu de um jeito muito especial. Entre alunos de uma escola infantil surgiu a criação de um monsto novo, cheio de especialidades.Com seis asas, duas de cada lado ele pode voar qualquer altura. Até conhecer outros mundos. Com cinco chifres na cabeça ele pode falar todas as línguas, basta ativar o chifre idiomas. Pode fazer qualquer cálculo, basta acionar o chifre matemática. Pode ter muitos amigos, basta acionar o chifre brincadeiras. Pode ser um inventor, basta acionar o chifre criatividade. E pode fazer mágica, basta acionar o chifre mistérios. É conhecido como Fúria Total, mas em casa não é tão brabo assim. Ninguém sabe a sua força, nem sua velocidade, nem de onde vem o seu fogo. Mas o que todos sabem é que ele adora sorvete de creme com calda de chocolate. Eu adorei conhecer esse monstro e acho que ele se parece com outros monstrinhos que vivem por aí.