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Mostrando postagens de outubro, 2009

Vento de Letras

Foi um encontro entre amigos. Ana Terra, Marô Barbieri , Dilan Camargo e eu tivemos um dia interessante. Pegamos a estrada cedinho e uma nuvem nos esperava. Não víamos muito além do carro, mas sabíamos o destino: Osório. Lá acontece um projeto bacaninha que se chama Vento de Letras e faz ventar idéias dentro da gente. Cada um de nós visitou escolas diferentes e conversou com crianças e jovens que leram nossos livros e com professores que orientaram trabalhos e atividades. Houve teatro, música, artes plásticas e tudo o mais de bonito que existe. Isso pra mostrar que a literatura gera muitos e muitos momento de alegria e reflexão. Só quem não apareceu foi o vento fora da gente. Mas o de dentro ventou solto e livre. E mais, nesse lugar existe um projeto chamado BEBETECA. É tudo de bom. Só pelo nome já dá pra imaginar a maravilha que é. Parabéns a todos que participam dessa iniciativa.

PADARIA ESPIRITUAL

ESSE ANO MAIS UMA PADARIA ESPIRITUAL VAI ACONTECER NA FEIRA DO LIVRO DE PORTO ALEGRE. A PROGRAMAÇÃO ESTÁ MUUUUITO BACANA. ESCOLHA O SEU DIA OU VÁ EM TODOS. LOCAL:TENDA DE PASÁRGADA,18h. AGENDE-SE 1/11-Literatura e Espontaneidade-Cíntia Moschovich,marcelino Freire e Lourenço Cazarré 2/11-Cultura na Mesa-Uma conversa cheia de música com o pessoal de Picada Café 3/11-Quando o poeta perde o Juízo e a poesia toma conta da rua, da cidade, do planeta?-Laís Chaffe e Tino Freitas 4/11-Na parede escura, retratos de damas da noite-Manoela Sawitzky e Altair Martins 5/11-O homem é um oco: Vinícius e amoral do amor-Telma Sherer 6/11-Discutindo literatura, os livros de aventura e a grande jornada do livro até o seu leitor-Luís Paulo Faccioli, Luciana Thomé, Christina Dias, Sérgio Napp, carlos Urbim e Nóia Kern 10/11-Encontro de escritores-Valesca de Assis e Aldy Schlee 11/11-Guimarães Rosa e outros perfumes-marta lagarta, Luiz Raul machado, Stella maris Resende e Christina Dias 12/11-Uma lata de teso

uma história de todos

No final do encontro na escola Maria da Glória em Cachoeirinha o pessoal crou uma história muito especial. A cobra qie queria comer laranja e não tinha como descascá-la. Foi ajudada por um guarda indígena, um tubarão assustador e uma navio de salvamento. Êta garotada inventadeira. E ainda desenhadeiros. Gostei.

EMEI Maria da Glória

A Albertina e o Bartolomeu fizeram o maior sucesso da Escola Maria da Glória em Cachoeirinha. O projeto Livro Lido é uma dessas delícias que oferecem pra gente que escreve este contato mágico com as crianças que estão iniciando a sua trajetória de leitores. Paulo Freire disse que ler é escreve o que se leu. Isso aconteceu nessa escola. A Albertina, antes estradeira e pensadeira, virou princesa, conheceu o castelo e lá morava um vaco príncipe. Esse vaco se apaixonou por ela e agora eles vivem felizes para sempre. E o Bartolomeu criou um novo galinheiro, equipado e espaçoso onde ele faz as suas artes sem acidentes. Foi muito legal.

Roberto Lacerda

Algumas coisas fazem eu adorar Cachoeirinha. Às vezes penso nas cachoeiras que talvez tenham dado nome à cidade e acho uma graça. Outras vezes me encanta o caminho que passo pra chegar lá: uma ponte, prédios antiguinhos escondidos entre comércio e luminosos espaçosos. Também gosto de saber que lá existem escolas preocupadas com a formação de leitores. Mas o que mais me encanta é saber que, em Cachoeirinha, existe uma orquestra que circula entre as pessoas e faz com que as pessoas circulem entre ela. Uma orquestra viva. Gosto de ver as crianças e adolescentes encantados com os instrumentos, com os sons. Acho que a arte é esse mosaicos de formas e sensações. Fui falar com um grupo bacana sobre um livro que fala da arte e tem um quadro na história. Então mostrei um filme e terminamos a tarde ouvindo música. Literatura, cinema, artes plásticas e música. Foi muito bom. E por falar nisso, o que mais podemos esperar da vida senão esses encontros cheios de arte? Muito obrigada pela conversa.

Bom mesmo

Está certinho o nome dessa cidade. Ela é tudo de bom mesmo. Além de ter um palco preparado na praça central, pronto para receber arte, tem uma platéia qualificada que gosta da contemplação, da criação e da beleza. Foi o que vi ontem. Um grupo de dança caprichado com uma platéia atenta curtindo a apresentação. A beleza foi perceber que essa plateía, além de gostar de dança, também gosta de literatura. Depois do espetáculo na praço o pessoal conversou com Mário Vale e inventou histórias provocadas pelos recortes e as colagens espertas que esse escritor delicadamente preparou. Mas o que mais me encantou foram os comentários, perguntas e opiniões que a gurizada apresentou sobre o Bartolomeu e suas galinhas. Gostaria de parabenizar os professores pela qualidade do trabalho e agradecer pela escolha do livro. Foi uma boa tarde em Campo Bom.

Projeto lindo

Entre todos os projetos que participo um me impressiona mais. E não é pela organização impecável ou o formato muito bom. O que mais me encanta é a recepção. O projeto que falo é o ADOTE UM ESCRITOR da Câmara do Livro de POA em parceria com a Secretaria de Educação do Município. Foi assim que me senti na última terçana EMEI Valneri Antunes. Um ambiente preparado, cheio de trabalhos de qualidade espalhados pelas dependências da escola e, o melhor de tudo, muito carinho, abraços e beijos sinceros das crianças. Cada sala que entrei foi uma avalanche de mimos e atenções especiais. Saí de lá enriquecida e cheia de novas idéias. Agradeço à Sônia Zanchetta por me manter nesse grupo e à escola por me receber desse jeito.

PRÓ-LER

Participei, pela primeira vez, desse projeto que, aqui no Estado, acontece em Caxias do Sul. Foram dois dias de oficina com um grupo especialíssimo de oficinandas e oficinandos que discutiram a importância das imagens na estrutura narrativa dos livros ilustrados. Tenho, obsessivamente, trabalhado essa questão com crianças e adultos com quem tenho conversado e a reação é sempre maravilhosa. Alice já tinha se perguntado sobre a utilidade de um livro sem figura e sem conversa e agora nós ampliamos a pergunta e descobrimos mistérios encantadores nas imagens. O formato do programa é encantador. Iniciou com um fala do Roger Melo e culminou com uma contação incrível do Celso Sisto alinhavada por uma canção do Pablo Moreno. Agora é hora de arregaçar as mangas e sistematizar as ideias na construção de um texto para uma publicação sobre esses dias. Vai ser emocionante.

Muitas surpresas

Durante o dia encontrei muitas crianças e adolescentes que leram os meus livros em Veranópolis. Fiquei feliz com o que vi. Muita produção incrível, muita conversa boa e os meus amigos. Viajar com a Marô e com a Jane Tutikian, botar a vida em dia e depois ainda reencontrar o Roger, conhecer a Elis e a Roberta, foi demais. Nessas horas confirmamos que o importante da vida são os encontros e quando escolhemos uma profissão onde o encontro é o que dá sentido, assim dá tudo certo. Além disso o mote da Feira foi o meu poeta preferido, Manoel de Barros. E olhem só o poema escolhido para motivar os leitores: "O menino aprendeu a usar as palavras, e começou a fazer peraltagens... Foi capaz de interromper o voo de um pássaro botando ponto no final da frase." É um excelente inventor esse poeta, não é?

A vaca cheia de ideias

Um correio, um jornal, um livro de receitas, retratos e muitas ideias. Foi isso tudo o que a turma do Colégio Tietböhl preparaou para a Albertina e para mim. Muitas perguntas, muitas questões e muita curiosidade. Foi isso que a turma me mostrou nesse dia. Adorei. E o melhor de tudo foi que eu ganhei um presente bem bacana(meio atrasadinho, mas muito esperado). A Denise me presenteou com um diário maravilhoso sobre o trabalho feito no ano passado com o livro O Armário do João-de-barro e junto com ele, um armário, com cabide e roupas penduradas. O próprio armário do joão-de-barro com uma boa tramela para mantê-lo fechado e muito organizado. Amei, guardei e pendurei num lugar especialíssimo da minha vida. Ano que vem espero o painel da Albertina.

Vasco Prado e a literatura

Tive a oportunidade de conversar sobre a obra de Vasco Prado com a 4ª série do Colégio João Paulo I. O convite veio da Hilda. Ela queria uma atividade para a Feira do Livro. Pois é, aí está a grande curiosidade desse momento. O que um artista plástico tem com isso? Foi incrível porque pude conversar sobre o tema que mais me envolve nos últimos tempos: a narrativa contida nas imagens. Acabei a pesquisa sobre a obra do Vasco Prado esses dias e mais uma vez confirmei o que já tinha percebido ao estudar a obra de Iberê Camargo. É só puxar um fio de significado que a história toda se abre. A do artista e a da arte. E depois vira linguagem e literatura. A conversa foi boa, a turma se interessou e eu também. Agora é só esperar o livro. Logo, logo ele chega. Até

De madrinha à rainha

Passei três dias mágicos em Arroio dos Ratos. As delicadezas da Eroni e as gentilezas do Gilmar foram o escala de madrinha para rainha. Estive no céu nesses dias, vivendo um sonho que todo o escritor deseja: ser lido. Vi no olhar dos alunos com quem pude conversar o quando os meus livros entraram na rotina e na imaginação deles. Conheci várias Albertina e Bartolomeu. Foi incrível. E as imagens valem mais do que tudo. Assim que der as mostro. Além disso, um dia entre amigos não se pode explicar. Só quem tem uns assim, de verdade, sabe. Eu tenho.