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Mostrando postagens de julho, 2010

João Paulo I- Um sonho e uma caixa

No Colégio João Paulo I do bairro Higianópolis o pessoal conheceu dois livros que eu gostei muito de escrever: O Muro e Menina Luz. Muitas perguntas surgiram na nossa conversa e muita coisa interessante conseguimos fazer. No final do livro Menina Luz há uma dica para criação de muitos finais. A turma, então , se pôs a inventar: As caixas enchem de água e os moradores pegam o equipamento de mergulho para sair. Os moradores esperam a água subir e depois deslizam numa cachoeira colorida. As caixas desmancham com a chuva e cada morador sai caminhando normalmente. Os moradores fazem furinhos para respirar e seguem suas vidas encaixotadas. Se alguém lembrar de alguma ideia que esqueci de escrever aqui, escreve para refrescar minha memória, tá? Os leitores do Muro descobriram que ver o mundo só por um buraquinho é muito pouco. É preciso buscar novas imagens e jeitos de olhar que a mágica acontece. Foi assim com o caleidoscópio e com a história que criaram. As invenções do c

Padaria Espiritual

Quando entrei naquela sala e encontrei um ambiente preparado, foi como uma viagem no tempo. Voltei para o século XIX, foi como se a Padaria Espiritual estivesse funcionando de verdade ali. Isso foi o que senti naquela hora. Eternizar tinha dado certo. Durante a noite me emocionei vendo os trabalhos da gurizada, a entrevista, me preocupei com o sumiço das galinhas(já escrevi para a Ângela), me diverti, me alimentei, foi muito bom. Mas foi no finzinho do encontro, nos últimos momentos, que percebi o que estava em jogo. Ontem nós conseguimos reviver esse espírito criativo e emancipatório que só a literatura pode nos dar. Nós lemos poemas, clássicos e modernos e experimentamos a criação literária. Por fim multiplicamos nossas idéias, oralmente, como tudo começou e por escrito, como tudo se perpetua. Foi um momento mágico e cheio de alegrias. Pra comemorar estou tomando café alternando minhas canecas e me aquecendo com manta arco-íris que ganhei, colorindo meu caminho nesse dia nublado.

Descobrindo o Saber

Cabeças cheias de ideias e prontas para receber um bocado de coisas bonitas. Foi isso que encontrei na escola DESCOBRINDO O SABER. Durante a tarde os grupos que conversaram sobre o livro IBERÊ MENINO puderam decsobrir mistérios escondidos nas obras desse artista e conhecer fatos da sua infância. A aventura foi total. -A mãe costurava e o pai viajava, por isso tinha tanto trem e tanto carretel nos quadros, né? -Tinha até trem de carretel. -E um montão de coisinhas escondidas. Esse diálogo seria natural de ouvir num grupo de estudantes de arte, ou alunos do ensino médio, ou ainda visitantes de museus e apreciadores do artista. Mas presenciar essa conversa entre crianças de três e quatro anos é realmente maravilhosos. E foi isso o que eu vi. Estão de parabéns os alunos e a escola que propõe um trabalho qualificado assim. No final da oficina cada grupo pode brincar de carretel e construir suas próprias imagens. Sempre que posto essas fotos penso o mesmo: elas são bonitas e o result

Uma noite especial

Foi incrível o bate-papo ontem na Palavraria. Primeiro pela existência de um projeto assim e de um lugar desses. Perceber isso é dar novo voto de confiança a essa cidade que, por vezes, parece tão árida para as questões culturais e literárias. Segundo, pela força do Fernando, grande incentivador e promotor cultural, que consegue fazer eventos interessantes como esse e juntar gente tão bacana. Em terceiro, pela presença desses meus amigos queridos. Como é bom ver, nessa caminhadinha que fazemos na vida, o quanto as afinidades aproximam as pessoas e dão fermento para discussões tão interessantes. E estar ao lado da André falando dobre texto e imagem é um privilégio daqueles. Foi uma noite especial, estou com a cabeça novinha e cheia de ideias para por em prática. Até.