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Texto do Breno

Batik

Não, não era uma cor especial. Eram muitas cores. Uma profusão de tons e semitons que provocavam uma sensação de maravilhamento, rétia de um pôr-do-sol aqui, de um alvorecer acolá, um pingo de lua ou de sol flamejante ali. Ah, e uma bruma suave a tingir e destingir os olhos, que se dissolviam.

O lusco-fusco das cores magnetizava o olhar, que se derretia por aquelas nuanças, um princípio de paixão que se revelava um baú de possibilidades.

Fechou os olhos, imaginando. E na imaginação, não conseguia fugir do arco-íris fragmentado. Depois de ter bebido daquelas cores, nunca mais saberia o que era o preto e o branco-a ausência ou o somatório de todas as cores eram elas mesmas, multicoloridas.
Ao entrar naquele espelho, enfim, reconhecera-se em suas emoções: sempre um ser multifacetado.

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