Uma leitora aflita e interessada me procurou para conseguir a incrível proeza de ter um livro meu nas mãos. Procurou em livrarias, tentou encomendar, tentou baixar, tentou conseguir. Qualquer coisa. Ela queria ler. Não porque precisava, não porque seria cobrada. Queria porque queria ler.Depois de algumas tentativas resolveu me procurar. E me achou. Resolvi facilitar o acesso dessa menina ao livro. Hoje vou me encontrar com ela. Isso, por um lado será ótimo. Poderei conversar um pouquinho, saber o que ela pensa, refletir em conjunto. Por outro é muito triste perceber a distância que estamos construíndo. E se um dia ela quiser ler um livro de alguém que não é daqui, que não tenha e-mail, que não possa conhecê-la? Como ela vai fazer? Desistir e fazer o que é mais fácil. Ligar a TV ou o video-game. Afinal, os jogos estão em toda parte. Fáceis de achar, encomendar, baixar.
Enfim, hoje vou encontrar a Maria Eduarda.
Ainda bem.
Enfim, hoje vou encontrar a Maria Eduarda.
Ainda bem.
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