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Pra que serve um livro sem conversa e sem figura?




Foi assim que começou a conversa ontem com professores e estudantes em Cachoeirinha. Essa claridade toda que aparece na foto não estava desde o início. O que foi muito bom, já que conseguimos conversar sobre o início da literatura e as jornadas orais que as cantigas fizeram muito antes de serem impressas, mesmo antes de serem copiadas.
Falar disso é importante para nos darmos conta que, assim como a literatura é anterior ao livro, provavelmente será posterior.
O escuro também deu oportunidade para que os mais tímidos falassem sem preocupação. A conversa correu solta e muita coisa interessante foi dita pelos participantes. Gosto de ver alunos de pedagogia e magistério preocupados com a formação de leitores, independente dos suportes em que os textos estarão sustentados no futuro.
Mas tenho que confessar que o retorno da luz nos deu oportunidade de ver muitas imagens e descobrir muitas coisas impossíveis de ver no escuro. Como essas imagens de Alice, a autora da frase que deu origem a conversa, e outras tantas que pudemos observar.
Bendita seja a literatura e suas origens. Bendita seja a tecnologia e uso de seus recursos para o bem. Benditos sejam os professores interessados nisso.
Está nas nossas mãos esse equilíbrio.

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